A saúde bucal impacta diretamente o dia a dia das pessoas e sua saúde como um todo. Veja como cuidar dela!
A saúde bucal não diz respeito apenas à aparência dos dentes. Na verdade, ela é um aspecto fundamental do dia a dia das pessoas e impacta não só a região e suas funções, mas todo o organismo. Mantê-la em dia, então, ajuda a evitar problemas e desconfortos.
Para isso, é fundamental usar creme dental, escova de dente e fazer uso do fio dental após cada refeição. Apesar disso, a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, apontou que somente 63% da população do país utiliza esses três itens durante a higienização da boca.
Esse dado mostra como é preciso difundir os hábitos que preservam a saúde bucal e colocar a temática em pauta. Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo sobre a importância da saúde da boca e os cuidados para protegê-la. Continue a leitura e confira!
De acordo com a Federação Dentária Internacional (FDI), a saúde bucal é multifacetada e compreende a capacidade de falar, sorrir, saborear e ingerir alimentos, além de transmitir emoções utilizando expressões faciais, sem desconforto ou dor.
A organização ressalta ainda que ela é um componente fundamental da saúde geral dos indivíduos, reflete diretamente em seu bem-estar e qualidade de vida, e é influenciada pelas percepções, experiências e capacidade de adaptação dos sujeitos.
A partir da definição, é possível entender que não se pode reduzir a saúde bucal apenas à aparência dos dentes. Na realidade, ela é um aspecto importante para a dimensão social dos indivíduos e reverbera também na saúde do corpo como um todo.
Por isso, protegê-la e preservá-la é tão relevante. Ter cuidados com toda a região da boca, higienizá-la corretamente, além de realizar visitas periódicas ao dentista, são formas de garantir condições de vida mais confortáveis.
Como pudemos observar anteriormente, a saúde bucal não afeta somente a região da boca, mas também questões de todo o corpo, o bem-estar e até a autoestima. E um meio de garantir que ela se mantenha em um bom nível é realizar a higiene adequada nos dentes, na gengiva e na língua.
Para além de escovar os dentes ao acordar e após as refeições, é importante passar o fio dental para garantir que todos os resíduos de alimentos foram eliminados, evitando problemas como a periodontite, e utilizar um enxaguante bucal depois da higienização.
Assim, é possível se certificar que a região está limpa e diminuir a proliferação de bactérias, que causam problemas como cáries, mau hálito, tártaro e dores de dente.
Além das doenças bucais, a higienização correta pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de outras enfermidades não ligadas diretamente à região, como a endocardite bacteriana, pneumonias e a piora da diabetes.
Outro aspecto que pode ser destacado é o da interação social. Como reiterado pela FDI, a saúde bucal tem ligação direta com a vida em coletivo, e os problemas causados pela má higiene podem desencadear também patologias relacionadas à saúde mental, como a fobia social e a ansiedade.
A má limpeza dos dentes e da cavidade oral pode acarretar problemas nessa região e também outras patologias. A seguir, listamos uma série de intercorrências e doenças que podem afetar o dia a dia das pessoas. Confira!
As cáries são deteriorações nos dentes causadas pela proliferação de bactérias, advindas do acúmulo de açúcares dos restos de alimentos. Esse tipo de problema compromete gravemente a saúde dos dentes e ocorre por conta da má escovação ou por falta de uso do fio dental.
Se não forem tratadas, as cáries podem evoluir para a morte da polpa do dente, exigindo sua extração, por causa da grande dor e do risco de infecções.
O mau hálito é um problema recorrente e que pode ter diversas causas. Uma delas é a placa bacteriana, formada pelo acúmulo de microrganismos na boca quando não se realiza a limpeza bucal correta.
Outros problemas também podem ocasionar mau hálito e alguns deles também são advindos da má higiene da boca, como a cáries e a gengivite.
A gengivite é a inflamação da gengiva, causada pela higiene bucal precária e pelo uso de produtos inadequados para a limpeza dos dentes, como escovas com cerdas muito duras ou de tamanho maior que o ideal.
O problema pode causar dores, inchaços, vermelhidão, sangramentos e alta sensibilidade na área afetada. Além disso, a gengivite pode ser responsável por casos de mau hálito e evoluir para uma doença ainda mais grave, a periodontite.
As aftas podem ser causadas por diversos fatores, como má higiene bucal, alterações hormonais e sensibilidade alimentar. Ela é caracterizada por uma pequena mancha branca ou avermelhada, que arde durante a escovação ou o consumo de alimentos.
O problema exige manutenção da saúde bucal com cautela, sem o uso de enxaguantes, já que eles podem agravar a situação e causar fortes irritações na região afetada. Em geral, tomando os cuidados necessários, as aftas tendem a sumir em poucos dias.
As bactérias presentes na boca são de extrema importância para a proteção desse órgão, assim como do resto do organismo. No entanto, quando em quantidades excessivas, podem causar sérios problemas bucais e atingir outras partes do corpo humano, como o coração.
A endocardite bacteriana é um exemplo disso. A doença ocorre quando uma bactéria, que pode ser proveniente de uma limpeza deficitária da cavidade bucal, cai na corrente sanguínea e chega ao coração. No órgão, ela pode se ligar a válvulas ou tecidos, comprometendo seu funcionamento.
É uma patologia que demanda tratamento rápido para que não evolua e pode ser ainda mais grave para quem já sofre de problemas cardiovasculares.
A má higiene bucal também pode afetar o desempenho sexual em alguns casos. Quando as bactérias da boca migram para as veias responsáveis pela irrigação do pênis, por exemplo, placas bacterianas se formam nesses locais, prejudicando o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a ereção.
A higiene bucal precária na gravidez pode gerar diversos problemas. A alta frequência de náuseas e enjoos, além das alterações hormonais, podem deixar as gengivas inflamadas, afetando seus tecidos e fibras. Por isso, é preciso se atentar à limpeza da região.
Estudos apontam que pode haver relação também entre as citocinas da doença periodontal e complicações gestacionais, entre elas, o parto prematuro. Por conta disso, os cuidados com a saúde da boca na gravidez fazem parte inclusive das diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.
Infecções pulmonares, cansaço no tórax e pneumonia são algumas das doenças que podem surgir quando as bactérias da boca se deslocam para a região pulmonar. Nesse novo local, elas não encontram resistência suficiente para combater seus efeitos e acabam gerando vários problemas.
A artrite não é diretamente causada pela má higiene da boca, mas pode ser agravada por causa disso. Estudos comprovam que pessoas portadoras de artrite têm maior dificuldade para realizar uma limpeza correta na boca, aumentando os riscos de infecções na gengiva, além da formação de placas bacterianas.
Quando essas bactérias migram da boca para as articulações, o quadro de artrite reumatoide pode se agravar, gerando mais problemas para o indivíduo.
A diabetes também pode ocasionar problemas bucais, principalmente se associada à má limpeza da região. O motivo é que a doença causa o acúmulo de glicose no sangue, o que facilita a proliferação de bactérias.
Por consequência, a placa bacteriana instalada nos dentes passa a produzir ácidos que prejudicam o esmalte dentário. Com a vulnerabilidade causada pela falta da camada de proteção, as cáries podem aparecer com mais facilidade.
Os cuidados com a saúde bucal envolvem principalmente a higienização correta da região. Além disso, é fundamental a construção de hábitos que não a prejudiquem no dia a dia. Seguindo as recomendações corretas e adicionando ações de precaução ao cotidiano, é possível manter o bem-estar da boca. Confira abaixo algumas dicas para isso!
Realizar a higiene dos dentes de forma certa é fundamental para prevenir doenças e evitar problemas a longo prazo. Para isso, é preciso saber escová-los e em qual a frequência que a limpeza deve ocorrer.
Para escovar bem os dentes, é preciso realizar movimentos circulares, em suas superfícies internas e externas, de maneira suave e com uma escova adequada. O processo deve percorrer todos eles e também é necessário escovar a língua, para retirar as bactérias acumuladas.
A escovação deve ocorrer sempre após as refeições e pelo menos três vezes ao dia, para garantir que os restos de alimentos não se acumulem nos dentes.
Outro ponto muito importante é o uso do fio dental. O item ajuda a evitar o acúmulo de resíduos que não são retirados apenas com a escovação.
Para utilizá-lo da forma correta, deve-se cortar um pedaço de aproximadamente 40 cm do fio e passá-lo em todos os dentes, acompanhando suas curvas. A frequência ideal é de uma a duas vezes por dia.
Utilizar produtos de higiene bucal com flúor, principalmente cremes dentais, também é um aspecto significativo para preservar a saúde dos dentes e da boca. O componente ajuda a preservar o esmalte dentário, contribuindo para a manutenção da camada de proteção e aparência.
Caso não haja contraindicação de seu dentista, utilizar enxaguantes bucais pode ser mais uma maneira de assegurar uma boa higiene dos dentes.
Além da higiene bucal, manter bons hábitos é essencial para não prejudicar a saúde da boca e evitar problemas. E, como reiterado anteriormente, essas ações também podem ajudar a melhorar a saúde de uma forma ampla.
Um ponto relevante nesse sentido é a ingestão de alimentos saudáveis e nutritivos. Eles ajudam a evitar a proliferação de bactérias advindas do consumo do açúcar e também não contam com elementos industriais, como os corantes, que podem causar intercorrências a longo prazo.
Nesse sentido, diminuir o consumo de doces, pratos excessivamente gordurosos e alimentos ultraprocessados de modo geral é uma boa maneira de contribuir com a saúde bucal e de todo corpo.
Outro aspecto importante para evitar os desgastes dos dentes e a piora de sua aparência é reduzir a ingestão de café. A bebida é ácida e pode aumentar a porosidade dentária, além de ter uma coloração forte, que pode manchá-los.
Um fator que também deve ser repensado ao se tratar de saúde da boca e do corpo é o consumo excessivo de álcool. Por desidratar o organismo, a substância causa diminuição na produção de saliva, aumentando a proliferação de microrganismos. A acidez das bebidas pode ainda enfraquecer os dentes.
Fumar é outro hábito que deve ser evitado. Além de causar manchas e a deterioração dos dentes a longo prazo, o tabaco aumenta as chances de desenvolver câncer na boca e no pulmão.
Um costume que deve ser desenvolvido, imprescindível para a manter a saúde bucal, é a visitação ao dentista.
O profissional consegue realizar diagnósticos casos haja problemas, identificar possíveis intercorrências antecipadamente, indicar os tratamentos corretos, fornecer orientações e também cuidar da manutenção dos dentes.
Sempre que houver dor ou incômodo, a ida ao dentista é recomendada. Mas não se deve procurar o profissional só nesses momentos. Mesmo quem estiver com a saúde dos dentes em dia deve visitá-lo pelo menos a cada seis meses ou no período indicado por ele.
Caso faça uso de algum aparelho ou esteja realizando algum tratamento bucal, as idas devem ser periódicas, de acordo com o combinado com o dentista.
Outro ponto de atenção quando se fala em saúde bucal são as crianças. A criação de bons hábitos de higiene e que prezem pela preservação da região da boca depende do nível de incentivo que os pequenos recebem desde cedo.
As visitas ao dentista, que devem se iniciar logo quando os primeiros dentes nascerem, contribuem para isso, mas o exemplo e a educação em casa são fundamentais. Por isso, é interessante conversar com as crianças sobre a saúde bucal e sua importância, para mostrar como esse cuidado é interessante para vários aspectos da vida.
A saúde bucal é um fator importante para o bem-estar, a qualidade de vida e as interações sociais dos indivíduos. Cuidar dela, então, ajuda a manter esses pontos em dia e reduz a chance de desenvolver doenças não só na região da boca, mas em todo o organismo.
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