Fevereiro chama a atenção para algumas doenças crônicas, dentre elas a fibromialgia, que é silenciosa e de difícil diagnóstico. Muitas vezes, é vista como um transtorno apenas psicológico, no entanto, também é físico e não tem cura.
A fibromialgia pode desencadear a depressão que, por sua vez, agrava os sintomas da fibromialgia. Saiba mais sobre a relação entre as doenças e o tratamento combinado.
Dor no corpo e dor na alma. A ciência descobriu que a fibromialgia, um distúrbio de dor e sensibilidades crônicas e generalizadas, e a depressão, um transtorno de saúde mental que também pode ser de certa forma incapacitante, muitas vezes estão relacionadas.¹
A fibromialgia é uma doença silenciosa e de difícil diagnóstico. Muitas vezes, é encarada como um transtorno apenas psicológico² – o que não é verdade. Mais frequente entre mulheres jovens ou de meia-idade, o distúrbio se caracteriza por sensibilidade e dores persistentes no corpo todo, rigidez corporal, fadiga, dificuldades cognitivas, distúrbios do sono e, por consequência, comprometimento das atividades diárias. Além disso, ela pode também trazer consigo sintomas de ansiedade ou depressão.³
Segundo a Associação Americana de Ansiedade e Depressão,⁴ cerca de 20% das pessoas que convivem com dores crônicas apresenta algum transtorno de humor. Pesquisas sugerem que portadores de fibromialgia são mais sensíveis a estímulos que não são dolorosos para outras pessoas. ⁴Tais sensações desagradáveis podem desencadear problemas para dormir, dores de cabeça, sensibilidade a temperaturas, problemas de memória e dormência nos braços e pernas.
Esse mal estar generalizado costuma ser responsável pelo desenvolvimento de depressão em pessoas com fibromialgia. Segundo o Ministério da Saúde,² a dor crônica leva à depressão e, como em um círculo vicioso, a depressão leva à mais dores crônicas.
Portanto, ainda que não ofereça risco de vida, a fibromialgia não tem cura e pode afetar gravemente a qualidade de vida do doente.4 Por outro lado, é possível tratar os sintomas. E o tratamento, por sua vez, passa pelo combate ao transtorno de humor.⁴
Tanto a fibromialgia quanto a depressão requerem, em geral, uma combinação de tratamentos diferentes. O transtorno de humor pode ser tratado pelo uso de medicamentos, psicoterapia e outras modificações no estilo de vida do doente, como praticar esportes, meditar ou participar de um grupo de apoio.⁵
No caso da fibromialgia, medicamentos podem fazer o controle prolongado dos sintomas. Além disso, a prática de exercícios físicos é a principal recomendação médica para o tratamento da condição. Além de diminuir a dor, o exercício melhora a depressão, a ansiedade, o sono e a fadiga.²
Quem sofre com fibromialgia e depressão deve tratar ambas as doenças. Portanto, o médico pode recomendar o uso de antidepressivos e terapia, estratégias que têm o potencial de reduzir as dores crônicas. Como as doenças andam de mãos dadas, a estratégia ideal é um tratamento combinado.⁴
Por fim, para combater ambas as doenças, é preciso conversar sobre elas – o que significa se despir de preconceitos. Você já pensou em conviver com dores crônicas e com uma série de sintomas emocionais que te deprimem e, em muitos casos, suprimem a sua vontade de viver? Não deve ser fácil.
Portanto, a prática da empatia é fundamental. Conhece alguém que sofre com fibromialgia ou depressão? Procure saber mais sobre as condições e esteja aberto para conversar sobre suas aflições sem julgamentos.
Previna-se, procure um médico e conte sempre com uma unidade REDEFARMA pertinho de você. Se não há cura, que haja conforto!
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❤️ #REDEFARMA: Cuidar da sua saúde é o que nos move!